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Mulheres na Tecnologia: O Futuro é Agora

O mês de março é um momento simbólico para destacar e celebrar a presença das mulheres em diversas áreas, especialmente na tecnologia, um sector onde a participação feminina ainda enfrenta desafios, mas também conquista avanços notáveis. A 3ª Edição do Fórum de Tecnologia e Educação (FTE ANGOLA 2024) foi palco de discussões fundamentais sobre o papel das mulheres na tecnologia, com o FTE Workshop sob o tema "Women in Tech – como criar e gerir uma comunidade feminina de tecnologia".

Este workshop, presidido por Elisa Capololo (Google Developers Group/Women TechMakers) e Margarida André (CDA Girls), evidenciou que a inclusão e a diversidade não são apenas princípios éticos, mas também estratégias essenciais para impulsionar a inovação no sector tecnológico. A troca de experiências e as ferramentas compartilhadas demonstraram que a criação de redes de apoio sólidas é fundamental para fomentar a participação feminina na tecnologia.

Mulheres como Força Motriz da Tecnologia

A história mostra que as mulheres sempre tiveram um papel essencial na tecnologia, embora nem sempre tenham recebido o devido reconhecimento. Desde Ada Lovelace, pioneira da programação, até as cientistas da NASA que calcularam órbitas espaciais, a presença feminina tem sido uma força motriz para o avanço da ciência e da tecnologia.

Actualmente, em Angola e no mundo, iniciativas como Women TechMakers e CDA Girls reforçam a necessidade de capacitação, visibilidade e apoio para que mais mulheres possam ocupar espaços de liderança e inovação tecnológica.

O Futuro da Mulher na Tecnologia

Olhando para o futuro, vemos um cenário promissor, mas que exige acção contínua. A presença das mulheres na tecnologia precisa ser fortalecida desde cedo, com incentivo à educação STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e a desconstrução de estereótipos que ainda limitam a participação feminina no sector.

Acreditamos que eventos como o nosso FTE ANGOLA são fundamentais para impulsionar essa transformação. A criação de espaços de debate, formação e networking permite que mais mulheres vejam a tecnologia como um caminho acessível e repleto de oportunidades.

O futuro da tecnologia é diverso, inclusivo e inovador. E, sem dúvida, as mulheres serão protagonistas dessa revolução digital.

3ª Edição do FTE Angola

Fórum de Tecnologia e Educação Angola 2024: Um Encontro para Planear o Futuro e Transformar Gerações

Nos dias 27, 28 e 29 de Novembro de 2024, Angola foi palco de um dos eventos mais inovadores e impactantes do ano: o Fórum de Tecnologia e Educação (FTE 2024). Sob o tema "Planear o Futuro e Transformar Gerações", o evento reuniu mais de 6.037 visitantes, criando um espaço vibrante de partilha de conhecimentos, reflexão e desenvolvimento de soluções para os desafios da educação e tecnologia no país.

A Chegada ao FTE 2024: Uma Experiência Sensorial e Inspiradora

Desde os primeiros momentos, o ambiente do FTE 2024 reflectia a sua missão transformadora. O local do evento estava repleto de cores vibrantes, tecnologia interactiva e uma diversidade de participantes vindos de várias regiões de Angola e do exterior. Professores, académicos, estudantes, líderes empresariais e especialistas em tecnologia reuniram-se para debater, aprender e criar novas oportunidades para o futuro da educação.

Os corredores estavam povoados de mentes curiosas e entusiasmadas, partilhando ideias e explorando as diversas exposições tecnológicas. Com um programa repleto de palestras, debates, oficinas e hackathon, o FTE 2024 tornou-se um epicentro de inovação educacional e tecnológica.

Painéis e Temas que Marcaram o Evento

Durante os três dias, foram discutidos temas essenciais para o futuro da educação e tecnologia em Angola, incluindo:

Dia 1 - 27 de Novembro

  • Aprendizagem na Idade Certa – como garantir que as crianças tenham acesso à educação de qualidade desde cedo.

  • Inovação e Liderança Feminina no Espaço CPLP – mulheres na tecnologia e educação, enfrentando desafios e criando soluções.

  • Educação para Todos: Desafios da Modernização Tecnológica no Ensino em Angola – como a tecnologia pode ajudar a garantir educação inclusiva e de qualidade.

Dia 2 - 28 de Novembro

  • Universidades do Futuro: Liderança Académica na Era da Inovação e Sustentabilidade – transformar instituições académicas para atender às necessidades do século XXI.

  • Women in Tech – como criar e gerir uma comunidade feminina na tecnologia.

  • Educar para o Futuro: A Revolução da Gestão Comportamental no Ensino – Novas abordagens para um ensino mais eficaz.

Dia 3 - 29 de Novembro

  • Desporto e Inclusão Social através da Escola e Liderança – o papel da actividade física na formação educacional.

  • O Papel da Academia Diplomática na Promoção da Diplomacia Tecnológica e Educacional – como a diplomacia pode impulsionar a educação.

  • Inteligência Artificial e Carreiras Criativas – o impacto da IA nas profissões do futuro.

Residências Artísticas e Oficinas: A Arte e a Tecnologia como Ferramentas de Ensino

A arte teve um papel essencial no FTE 2024. As exposições "Mente Eléctrica", "Trono Quântico - Ancestralidade e Tecnologia" de Daniela Ribeiro, "Digital Collective Waitinglist" de Mussunda Nzombo e Manuela Grotz e "IMPARCIAL" de Cutana Carlos trouxeram reflexões sobre a intersecção entre cultura, identidade e inovação.

Nas oficinas, destacaram-se:

  • Oficina de Robótica e Tecnologia by SCHOOLÃO, proporcionando às crianças um primeiro contacto com a tecnologia na Zona STEAM.

  • Oficina de Pintura pela IMPARCIAL (Cutana Carlos), onde visitantes exploraram a arte como ferramenta educativa.

Tribo Fazedores: Hackathon Powered by TIS

Um dos momentos mais aguardados foi o Hackathon, que desafiou os participantes a desenvolverem soluções offline para a plataforma OpenEducat. A equipa vencedora, Educa Angola, apresentou uma plataforma híbrida com: ✔ Serviço de Proxy para acesso offline. ✔ Partilha de rede via chamada telefónica. ✔ Zero-rating para garantir navegação gratuita. ✔ Suporte em Umbundu e Kimbundu, promovendo inclusão cultural.

Os vencedores Inácio Rodrigues, Anselmo Gomes Albino e Edmilson Monteiro Curicangala receberam um prémio de 500.000,00 Kzs, patrocinado pela TIS.

O Impacto do FTE 2024

Mais do que um evento, o FTE 2024 foi um marco na transformação da educação em Angola. O networking e as trocas de conhecimento abriram portas para colaborações futuras entre escolas, universidades, empresas e governos.

A inclusão digital e a inovação tecnológica foram debatidas com profundidade, e os participantes saíram com uma visão mais clara do futuro da educação no país. Os desafios da acessibilidade digital continuam, mas com iniciativas como esta, o futuro da educação em Angola está a ser moldado com base na inovação, inclusão e transformação.

O FTE 2024 mostrou que "planear o futuro e transformar gerações" é mais do que um lema, é uma missão que já está em curso.

Relatório do Fórum De Tecnologia e Educação Angola 2ª EDIÇÃO

Na 2.ª Edição do FTE Angola(2023) reunimos mentes brilhantes e inovadoras para discutir e moldar o futuro da educação através da tecnologia. 


A nossa visão é clara: transformar a educação em Angola, tornando-a mais acessível, inclusiva e adaptada às necessidades do século XXI.


O relatório de 2023 destaca os principais marcos alcançados durante o evento, incluindo palestras inspiradoras, workshops práticos e debates enriquecedores. Abordámos temas cruciais como a integração de tecnologias emergentes nas salas de aula, a formação contínua de professores e a criação de ambientes de aprendizagem mais interativos e envolventes.


Acreditamos que a educação é a chave para o desenvolvimento sustentável e, através do FTE, estamos a construir um caminho sólido para um futuro onde a tecnologia e a educação caminham lado a lado. 


Convidamo-lo a explorar o nosso relatório completo e a descobrir como estamos a transformar a visão em realidade.

Educação é a Base: Sem Ela, Não Há Desenvolvimento

Falar de desenvolvimento sem investir na educação… é como construir uma casa sobre areia.

décadas se repete que a educação é a chave para o desenvolvimento. No entanto, em muitos contextos africanos, a educação continua a ser tratada como um acessório político e não como uma prioridade estratégica. Em Angola — e em África de forma geral — é impossível falar de progresso económico e social sem encarar de frente o estado da educação.

O Fórum de Tecnologia e Educação (FTE) tem demonstrado, ao longo dos anos, que transformar gerações começa com um plano, com vontade política e com acção coordenada entre governo, sociedade civil e sector privado.

Educação não é custo. É base.

Investir em educação não pode ser visto como uma simples despesa no Orçamento Geral do Estado, mas sim como um investimento estruturante, com retorno colectivo e impacto de longo prazo. Países que hoje são referência em inovação, competitividade e qualidade de vida começaram este percurso com um compromisso nacional com a formação do seu povo.

Na prática, isso significa:

  • Garantir infraestruturas escolares dignas para alunos e professores;

  • Valorizar a carreira docente e garantir capacitação contínua;

  • Actualizar o currículo escolar com foco em competências do século XXI;

  • Integrar as tecnologias emergentes no processo de ensino-aprendizagem.

O FTE na prática: onde a teoria encontra a acção

Mais do que um evento anual, o FTE é uma plataforma viva de diálogo, experimentação e acção concreta. Desde 2018, promovemos:

  • Conferências com especialistas nacionais e internacionais sobre Educação 4.0;

  • Oficinas práticas para docentes sobre tecnologia em sala de aula;

  • Programas de formação em competências digitais;

  • Encontros com startups e empreendedores do sector educativo;

  • Parcerias com universidades e centros de inovação na diáspora.

Este compromisso está a gerar resultados. Escolas participantes relatam maior envolvimento estudantil, actualização pedagógica e maior abertura por parte dos educadores aos desafios da era digital.

Sem educação, não futuro

  • Sem educação, não inovação.

  • Sem educação, não cidadania plena.

  • Sem educação, não crescimento económico inclusivo.

  • Sem educação, não Angola com capacidade de competir com o mundo.

A proposta do FTE é clara: planear o futuro e transformar gerações.

Mas isso será possível quando todos os sectores da sociedade reconhecerem que sem educação, o desenvolvimento é apenas retórica.

É tempo de transformar prioridades em políticas, ideias em acções e palavras em compromissos concretos.

📌 O Fórum de Tecnologia e Educação (FTE) JÁ SE AVIZINHA, VENHA FAZER PARTE!
Educação 4.0: Oportunidades para uma geração disruptiva

Educação: o Alicerce Esquecido do Desenvolvimento Económico em Angola

Fala-se, com frequência, dos grandes objectivos económicos de Angola.

Queremos ser um país industrializado, autossuficiente, com uma economia diversificada e menos dependente do petróleo. Pretendemos estabilidade financeira, progresso tecnológico e relevância no palco económico internacional.

Mas há uma pergunta que raramente é feita com seriedade: 

Quem vai sustentar tudo isso?

A resposta é simples, mas frequentemente ignorada:

O capital humano.


Não há desenvolvimento sustentável sem educação

Angola tem necessidades estruturais urgentes — sim.

Precisamos de estradas, fábricas, investimentos, tecnologia. Mas nenhum desses elementos se ergue com consistência se o principal alicerce estiver comprometido: a educação.

É através da educação que se formam quadros competentes, líderes conscientes, técnicos capazes, cidadãos informados. 

Sem esse investimento de base, qualquer outro esforço económico será frágil, dependente e a curto prazo. Investir em escolas, professores, políticas curriculares modernas, educação tecnológica e programas de apoio às famílias não é uma opção — é uma obrigação estratégica.


Há avanços, mas é preciso ir além das estruturas!

Reconhecemos, com justiça, que o Executivo tem feito esforços visíveis para melhorar o sector da educação:

  • Construção de novas escolas, 
  • Alargamento da rede pública de ensino,
  • Promoção de programas de formação de professores.

Estes passos são positivos e devem ser valorizados.

Mas é fundamental que estas acções estejam alinhadas a um plano nacional mais profundo e coeso, com metas claras a médio e longo prazo.

A qualidade da educação, a inclusão efectiva, a valorização dos docentes e o acesso universal ao ensino continuam a ser desafios centrais. O Estado precisa de fazer do investimento no homem uma prioridade nacional. Os recursos naturais são importantes.
As infraestruturas são necessárias.
Mas o verdadeiro “petróleo” de uma nação é o seu povo educado, instruído, capaz de ler o mundo com pensamento crítico, e agir com competência.


O futuro pertence aos que investirem na educação
O futuro não será comandado pelos países com mais reservas minerais.
Será liderado por aqueles que mais investirem na formação das suas crianças e jovens. 

Educação para todos: do discurso à prática

A educação em Angola não pode continuar a ser privilégio de poucos.
É necessário criar uma visão nacional de educação integral, que passe por:
  • Escolas públicas com ensino de qualidade em todos os bairros, não somente nas zonas urbanas privilegiadas;
  • Horários escolares alargados, em que as crianças entram às 7h e saem às 16h ou 17h, com refeições asseguradas e actividades extracurriculares;
  • Formação contínua de professores, com salários dignos e condições para ensinar com paixão e rigor;
  • Programas de incentivo às famílias, que aliviem o fardo económico de educar uma criança;
  • Educação para o futuro, com tecnologia, empreendedorismo, cidadania, sustentabilidade e pensamento crítico desde cedo.

É agora ou nunca

Entendemos haver outras urgências.
Mas se não nos sacrificarmos agora para investir seriamente na educação, continuaremos a perpetuar um ciclo de pobreza intelectual, dependência económica e desigualdade social. Se não formarmos negociadores competentes, gestores visionários, engenheiros preparados, diplomatas estratégicos, programadores, professores, técnicos — Angola continuará em desvantagem na competição global.

A minha proposta é clara: Angola precisa de um pacto nacional pela educação.

Um movimento de união entre Estado, sociedade civil, empresas, igrejas, fundações e famílias. Um compromisso transversal com o futuro — e o futuro começa sempre pelas crianças. A geração que ainda não nasceu precisa de encontrar uma Angola com:

  • Escolas funcionais,
  • Ensino de qualidade,
  • Um sistema que forma cidadãos e não somente sobreviventes.

Porque quem constrói escolas hoje, economiza em prisões e hospitais amanhã. E quem educa o seu povo, liberta o seu país.


Zacarias Santiago Kinkela

Empreendedor, Comunicador, Fundador do Fórum de Tecnologia e Educação
Por uma Angola que cresce justamente, estruturada e duradoura.

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